VOCÊ SABE O QUE SÃO NUTRACÊUTICOS?
Nutracêuticos são suplementos alimentares que contêm a forma concentrada de um composto bioativo de alimento, apresentado separadamente da matriz alimentar e utilizado com a finalidade de melhorar a saúde, em doses que excedem aquelas que poderiam ser obtidas de alimentos.
Entretanto, historicamente, a utilização de alimentos com finalidade de redução do risco de doenças teve início no Japão, na década de 1980, por incentivo de cientistas do Ministério da Saúde e Bem Estar daquele país, que, em 1990, criaram a categoria de alimentos denominada FOSHU (Foods for Specified Health Use), que tinha como princípio a promoção de alimentos que conferissem mais saúde à população.
A definição proposta para essa nova categoria de alimentos foi: “Alimentos projetados e processados para suprir funções relacionadas aos mecanismos de defesa do organismo, controle do ritmo corporal e prevenção e recuperação de doenças”.
Em seguida, este conceito de alimentos (que se convencionou chamar de Alimentos Funcionais) passou a ser discutido em outros países e, em 1995, o ILSI (International Life Science Institute) apresentou a primeira definição para estes alimentos que foi aceita mundialmente, e que transcrevemos a seguir: “Alimentos
Funcionais são aqueles que melhoram ou afetam a função corporal, além do seu valor nutricional normal”. Ou seja, alimentos que, além de sua função primordial de nutrir, teriam também características específicas que contribuiriam para redução do risco de doenças.Roberfroid classificou as substâncias que poderiam levar à produção de alimentos funcionais, como:
1) um macronutriente essencial que teria efeito fisiológico específico, como, por exemplo, amido resistente, ácido graxo w3, dentre outros;
2) um micronutriente essencial, desde que ele conferisse um benefício especial, por meio da ingestão de doses acima das DRIs (Dietary Reference Intakes); e,
3) não nutrientes que teriam um efeito fisiológico, tais como oligossacarídeos e fitoquímicos em geral.
No Brasil, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), com o objetivo de definir e regulamentar esta classe de alimentos, constituiu uma Comissão de Assessoramento Técnico Científico em Alimentos Funcionais e Novos Alimentos (CTCAF), com a finalidade de estabelecer normas e critérios para a comercialização destes alimentos. A definição de alimentos funcionais e novos alimentos proposta por este grupo foi: “Alimentos semelhantes em aparência ao alimento convencional, consumido como parte da dieta usual, capaz de produzir efeitos metabólicos ou fisiológicos demonstráveis, úteis na manutenção de uma boa saúde física e mental, podendo auxiliar na redução do risco de doenças crônicas não transmissíveis, além de suas funções nutricionais básicas”.
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